segunda-feira, 25 de abril de 2011

José de Alencar


José Martiniano de Alencar foi mais longe nos romances que completam a trilogia indigenista: Iracema, 1865) e Ubirajara (1874). O primeiro, epopeia sobre a origem do Ceará, tem como personagem principal a índia Iracema, a "virgem dos lábios de mel" e "cabelos tão escuros como a asa da graúna". O segundo tem por personagem Ubirajara, valente guerreiro indígena que durante a história cresce em direção à maturidade. Produziu também romances urbanos (Senhora, 1875; Encarnação, escrito em 1877, ano de sua morte e divulgado em 1893), regionalistas (O Gaúcho, 1870; O Sertanejo, 1875) e históricos (Guerra dos Mascates, 1873), além de peças para o teatro. Uma característica marcante de sua obra é o nacionalismo, tanto nos temas quanto nas inovações no uso da língua portuguesa. Em um momento de consolidação da Independêncio, Alencar representou um dos mais sinceros esforços patrióticos em povoar o Brasil com conhecimento e cultura próprios, em construir novos caminhos para a literatura no país

A obra de José de Alencar pode ser dividida em dois grupos distintos:

*Quanto ao Espaço Geográfico 
- O sertão do Nordeste - O sertanejo
- O litoral cearense - Iracema
- O pampa gaúcho - O Gaúcho
- A zona rural - Til (interior paulista), O Tronco do Ipê (zona da mata fluminense)
- A cidade, a sociedade burguesa do Segundo Reinado - Diva, Lucíola, Senhora e os demais romances urbanos.

*Quanto a Evoluçao Historica 
-O período pré-cabralino - Ubirajara.
-A fase de formação da nacionalidade - Iracema e O guarani.
-A ocupação do território, a colonização e o sentimento nativista - As minas de prata (o bandeirantismo) e Guerras dos Mascates (rebelião colonial).
-O presente, a vida urbana de seu tempo, a burguesia fluminense do século XIX - os romances urbanos Diva, Lucíola, Senhora e outros.

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